Cozinha é um lugar santo, é onde preparamos o que nos faz viver, é onde celebramos a vida com muitos cheiros, cores e sabores..
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Você já comeu Cucurbitácea ?
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Arte nos arrozais japoneses
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Fettucinne à Gamberetti
terça-feira, 20 de julho de 2010
Pommes Duchesse
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Semana da Farofa: Marcacujá, Passas e Alecrim
Os vinhos que servi
terça-feira, 13 de julho de 2010
Tagliatelle al ragu bolognese
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Merci, Vatel !
A primeira coisa que fiz foi agradecer a Deus o dia lindo que fez!
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Fiz um pequeno jantar aqui em casa, somente para a família. Deu um trabalhão danado, pois fiquei 2 dias antes no pré-preparo... até parece que foi um festão, hehe...
Mas é que fiz tudo o que servi. O jantar foi um Tagliatelli al Ragu Bolognese que peguei a receita da revista Gosto do mês de maio. Ficou muito bom, depois eu posto por aqui. O problema é que no molho levava caldo de carne caseiro, molho de tomate caseiro... então fui fazendo desde o sábado.
Nesse dia comecei pelo bolo. Fiz 3 massas de pão de ló, e o recheio usei um doce de leite com ameixas de São Lourenço-MG.
Não sabia com o que iria cobrí-lo, quando lembrei que tinha creme de leite fresco na geladeira, e morangos.
Perfeito!

Para quem não sabe, o creme chantily é um creme vaporoso e denso, feito a partir do creme de leite batido, areado e depois acrescido de açúcar.
Foi criado em 1714 por François Vatel, célebre cozinheiro e maître d'hôtel francês, Château de Vaux-le-Vicomte. Em certa festa de grande esplendor preparada por ele, criou um creme de nata batida, doce e perfumada com baunilha.
Quando ele foi trabalhar no Château de Chantilly, batizou o seu creme com o nome do lugar.
E este é o Chateau de Chantilly!

Merci, Vatel!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Para Gostar de Ler: Lasanha X Camarão
Aquele anteprojeto de mulher - quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia - entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
- Meu bem, venha cá.
- Quero lasanha.
- Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
- Não, já escolhi. Lasanha.
Que parada - lia-se na cara do pai. Relutante a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
- Vou querer lasanha.
- Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
- Gosto, mas quero lasanha.
- Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
- Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
- Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
- Você come o camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
- Quero lasanha.
O pai corrigiu:
- Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada.
A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interogações apenas se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
- Moço, tem lasanha?
- Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
- O senhor providenciou a fritada?
- Já sim, doutor.
- De camarões bem grandes?
- Daqueles legais, doutor.
- Bem, então me vê um chinite, e para ela... O que é que você quer, meu anjo?
- Uma lasanha.
- Traz um suco de laranja para ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para a surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
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- Estava uma coisa, hem? - comentou o pai, com um sorriso bem alimentado - Sábado que vem, a gente repete... Combinado?
- Agora a lasanha, não é, papai?
- Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer, mesmo?
- Eu e você, tá?
- Meu amor, eu...
- Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.